terça-feira, 20 de abril de 2010

Pain

tentei com todas as minhas forças
mas entrego totalmente
o caminhar se tornou severo
cada passo um martírio
o passado meu fantasma
estendo a mão e suplico
a ajuda não vem
talvez nunca voltará
eterno na escuridão aterradora
que se tornou suas emoções
as quais um dia soaram como música
lágrimas gélidas percorrem a face
frias pela dor regressa
cortam a carne
dilaceram meus sentimentos
suas frações carregadas
pela brisa da angústia
assim sucumbe minhas vontades
meus desejos
minha alegria
a aniquilação plena do meu ser
minha sentença
a cominação desumana
que exilou para todo o sempre
o brilho de minha alma
de um sujeito fulgurante
ao total dejeto do descarte tirano
do não inocente que aceitou os riscos
só não tinha ciência
do sofrimento incessante
da saudade dos bons tempos
vividos em lembranças
a cada vez mais distantes e remotos

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