quinta-feira, 31 de julho de 2008

Quanto Vale a Vida?


A resposta que aparece para a maioria das pessoas é que a vida não tem preço. O caso é que a vida está no contexto mais amplo da acepção que ela abrange e geralmente se toma como parâmetro a sua própria vida. Muitos ainda dirão que não há como mensurar e é uma avaliação que está além do que cada indivíduo pode perceber e ainda tem caráter pessoal.

Todos os dias está estampado nos jornais fatos como o falecimento de um ser humano por algum acidente/incidente. Um acidente de trânsito, bala perdida, latrocínio. Deve se acusar que jamais a reação com um fato em comum cause as mesmas sensações em se tratando de vítimas distintas. Há uma maior comoção quando a vítima era uma pessoa popular ou alguém com uma carreira promissora. Há uma condecendência quando a vítima é um pobre morador do morro/ favela. De certo que ninguém assuma em público que realmente isso ocorre por vários motivos e realmente seria uma exposição desnecessária e desgastante. O fato é que nós mensuramos, sim, o valor da vida e equânime ela não é.
Exagerando, extremistas podem alegar em suas erudições, colocando na berlinda comparações equivocadas em ambos os lados da faceta dualística que sempre ganha o assunto.

A vida é sempre vida. Nada mais, nada menos. Da vida de um ser unicelular à do bicho homem. Todas são válidas e preciosas, todas tem um propósito. Inclusive as nocivas, pois sem elas nós não desenvolveríamos resitência e seríamos seres frágeis. A vida é isso, não foi feita para ser cultuada nem eternamente preservada. Simplesmente a ser usufruída sabiamente, a nossa e a dos demais seres que habitam este lindo planetinha azul. A devoção pela sua vida resume-se a saber que é um veículo para manifestar a sua consciência neste plano e que seja de forma sábia. Este é o seu preço, este é o seu ônus.

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