terça-feira, 31 de março de 2009

Vazio.

Alma caminhando insólita entre gélidas e sombrias regiões que afligiam o meu ser. Percebe-se o quanto de dor e descrença era carregado a pobre flagelada. Demonstrava em sua face todo o sofrimento após um salto irresponsável e inconsequente. Assistir a este horror renego e sem ouvir seus clamores decidi simplesmente fechar as portas e isolá-la por um bom tempo. Fique no exílio para que a razão seja a única peça a mover este ser. Pretendo abster de sentimentos que tanto turvam o bom senso e meu convívio social. O cotidiano se apresenta e assim vou seguindo sem a menor clemência ou misericórdia de ti a quem devo tantos erros e atos insanos. Que o inverno se instale e primaveras por eras não serão mais bem vindas pois as escaras são muitas e pulsam como um aviso de que tudo isso é realmente necessário.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Valores.


Nós vivemos em meio de falsas promessas e falácias de todas as entidades e personagens.
Está instituído a total hipocrisia ou seria o fim de um falso moralismo?
Onde as máscaras não escondem mais pessoas dissimuladas e simplesmente uma comédia onde as pessoas encenam e a plateia assiste incrédula, mas gosta da atuação daqueles que estão ali a dissertar inverdades e cheios de pompa. Todos que o assistem que não há nenhum comprometimento com a verdade e valores.
O exemplo vem de cima e desce até aos mais baixos níveis sociais. O presidente declara um milhão de habitações, mas que ninguém pode sentir-se no direito de cobrá-lo. O prefeito de São Paulo diz que não deixará o cargo para concorrer ao governo do estado e todos sabem que será isso que fará e votam assim mesmo.
Por onde anda o nosso pudor, nossa revolta com a falta da palavra, nossos direitos que parece que a maioria não faz mais questão delas. A mentira está institucionalizada e nem mentira mais podemos considerá-la. Afinal dentro das promessas já se encontra a certeza do não cumprimento.
Quanto tempo mais isso perdurará?
Será que o errado sou eu?

Gritos.

Vozes que ecoam, poluem a minha audição e meu discernimento.
Preciso de um minuto para refletir, por favor. O que eu quero e o que realmente está em jogo, seria essa a máxima de minhas angústias. Avaliar o que não se tem idéia, decidir sobre fatos inconclusivos assim segue a saga daquele que dizia ser a vida muito simples.
Um passo de cada vez em direção o que julgo ser o insano e o imaginário com passos firmes e decididos. A vontade é de voar para este norte de pura loucura e sem coesão. Hesitação que vem do lógico e racional e diz que nada se encaixa e pode tudo de pior acontecer. O peito aperta porque ele deseja e nada escuta além dos címbalos internos que dizem que o errado e incerto é sim o melhor caminho. Outra luta, empenho, joguetes se apresentam no caminho deste ser confuso e dividido.
Quero arremessar-me e com uma simples frase da minha mente que não se cala, tudo pára.
“O fato realmente é real ou somente reside em seu imaginário?”

terça-feira, 24 de março de 2009

Piso de Cristal.

Caminhei em direção daquele sonho que tanto me encantava e dava como certo que ali encontraria uma felicidade ímpar, a que marcaria uma passagem significativa em minha vida. Fui confiante sem questionar ou refletir, simplesmente deixei ser levado e envolvido por uma atmosfera agradável.
Tudo mudou rapidamente quando por uma mensagem fez voltar a refletir e raciocinar.
Descobri que estava em um local de total insegurança e incertezas. Fiquei estático e imóvel. Ali permaneço porque não sei como agir e o que fazer diante da situação equivocada em que encontro-me sem conseguir ao menos avaliar os fatos que me cercam pois eles trazem lembranças e situações que ferem e constrangem por demais para apreciá-los.
Busco uma ajuda e não sei a quem recorrer, sair por conta própria até posso realizar mas não de uma forma que eu desejasse, gostasse. Estar ali até a solução se apresentar ou o pior e inevitável comparecer e tudo ruir.
Estático e acompanhado da solidão. Onde fico a esperar ajuda, a mão amiga, que jamais se estenderá.

domingo, 15 de março de 2009

Momentos Homos na Vida de um Hetero V.

Na rede mundial de realcionamentos, Orkut - uma comn em escpeífico, estou sendo taxado de homo.
Não estou nem aí para essas pessoas, uma vez que realmente a quem realmente a minha orientação estaria ligado a sua felicidade sabe que não sou.
Isso se deve a tabus, uma vez que só o fato de eu defender os gays e de certa forma indelicada abre uma dúvida que nem seria importante. As pessoas ainda acham que só gays defendem causas gays e qualquer comentário pode causar um abalo em sua imagem. Bobagem, defendo sim toda e qualquer injustiça cometida ou manifestada contra qualquer grupo que sofra com o preconceito.
A minha indignação é maior porque tenho um amigo e eu converso muito com ele, digo que se ele pudesse esclarecer minhas dúvidas e diminuir a minha ignorância de sua opção seria legal. Sem nenhuma cerimônia ele disserta sobre o que ele sofreu mesmo antes de saber o que era um gay ou um bicha. Como isso o atormentava, o quanto tentou se adequar aos padrões sociais para ser aceito pelas pessoas, por sua família...

sábado, 14 de março de 2009

Imagem.

Dourado
Suas escolhas e afinidades refletem sua jovialidade em nuances de pura sedução angelical. Bendita seja a melanina que impera, sinônimo da explosão de força e expressão de muita alegria.
Alvo
Atentada pureza imaculada contrastando, somando, delineando, hipnotizante valorização de suas formas que transmitem o que não se define em palavras. Muitos detalhes que mantêm a atenção daqueles poucos afortunados que possuem o privilégio e reconhecem a dádiva de apreciar a mais bela composição.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Felicidade.

Andando como sempre, com um sorriso no rosto, sou interrompido ao ouvir uma exclamação dizendo que me invejam pela minha felicidade e paro um instante para pensar.
Refletindo, acabo chegando a duas hipóteses de que sou mesmo um cara muito feliz ou seria um simples conformado com a situação que encontro.
Após um breve momento concluo que não seria nenhuma das alternativas que se apresentaram primeiramente, pois continuo a busca de uma melhora global a este ser que se manifesta pelo mar cibernético e chega até aos lares de tantos(pretencioso). Além disso tenho uma meta, um desejo, um objetivo fixo em minha mente que ocupa meus pensamentos dia e noite há algum tempo e intensificou nas últimas semanas. Uma busca que se demonstra agudamente ao ponto de turbilhar as minhas emoções. Está aqui a minha frente algo que toma forma e faz a razão gritar pelo que parece inacreditável.
Não dou a menor importância, pois se não fosse assim não seria eu sem esta personalidade e busca ao novo sem exitar um momento.
Minto, reconheço, apesar de não ser a palavra correta. Somente tomo o devido cuidado para não cometer equívocos e perder o que poderia ser poupado. Esse tão importante e realmente complemento do que vislumbro adiante.
Pode ser que esteja amplificando o que já é belo e insubstituível, talvez enganos compreensíveis se apresentem e ninguém além de meu ego saia ferido.
A felicidade pode ser interpretada de várias maneiras e para algumas só tempo e paciência serão os oráculos da minha indagação.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Beijo.

Um ósculo em meus amigos quase irmãos, familiares e em minhas amigas, óbvio.
Alguns se manifestam com o primeiro caso, estranham o fato de um homem demonstrar afeto a outro igual. Não entendo isso, não há o que questionar a orientação sexual de ninguém.
As pessoas tentam dar um ar de deboche ou diminuir uma ação tão linda e singela.
A vida conturbada de hoje nos leva a apreciar cenas de vilolência extrema e descabida, exemplos de muita ganância e individualismo das pessoas. Para estes atos tudo segue na maior normalidade.
Mas não há de ser nada, pois não me sinto privado de demonstrar aquilo que eu sou e o que sinto pelos que tenho o maior carinho.
Às favas o preconceito.

Dura dicotomia.

Há uma pessoa que admiro por demais.
Quero, desejo, adoro saber mais e mais incessantemente mais.
Descubro, acuso, constato que - por mais maravilhosa que a julgo - é um ser de carne e osso. Com problemas de qualquer mortal.
A grande ambiguidade, um paradoxo que não consigo solucionar pois é prazeroso conhecê-la. Mas dá um grande aperto no peito saber que sofre como qualquer um de nós.
Meu egoísmo, fraude, ilusão, devaneio.
Sigo ou estagno, avanço ou retrocedo, procuro ou esqueço. Dura decisão.

Ser ou não ser?!


Ilusões que permeiam a nossa mente tornando a razão uma vítima, cárcere das emoções que achamos terem algum valor que não seja pura dor, ódio, rancor, mágoa e vingança. Onde encontrava o que se chamava de amor encontra-se apego, egoísmo, posse compulsória. Amizade verdadeira que se verifica o aproveitamento, oportunismo e termina com a traição. Atributos de algo que invade de forma vil e transforma tudo em um grande pântano de uma massa viscosa que nos cega, retrai, amarga.
Nesse instante, para manter o mínimo de sanidade, o coração se transforma em uma gélida e inóspita região que nada ali frutifica além de vibrações sombrias.
A convivência, essa mesma que te destrói, é que te cobra perante os demais uma conduta de estar bem e viver em harmonia. Fazendo de nós, autômatos e inanimados, um invólucro de máscaras e cordialidade. Escondendo a nossa condição de estar na realidade em uma batalha contínua para preservar algo que nem valor consigo lhe atribuir.
Assim seguimos, assim convivemos com a mais pura hipocrisia.

domingo, 8 de março de 2009

Vida


Caminho por esta trilha sempre apertando os olhos para ver onde ela vai dar.
Sempre tentando e atento apesar de saber que na verdade será sempre cheio
de grandes surpresas. Passos firmes e decididos porque não tenho o que temer
de vitórias ou reveses.
Cruzo vários outros caminhos de tantas outras pessoas interessantes. Algumas
despertam pelo seu brilho e outras pela sua sombra. Todos acrescentam algo
na mochila de apredizados deste andarilho.
A paisagem que vou admirando ao caminho faz diminuir a importância de
minha curiosidade final.
Só gostaria que alguns dos caminhos de outros andarilhos estejam destinados
a terminar no mesmo objetivo que a minha me conduz.

Diamantes.


Diamantes que adquiri pelos tempos. Vários tamanhos, formatos, brilhos e cores.
Trato com mais carinho e demonstro maior apreço por um ou por outro, todos especiais.
Há um em especial que admiro e faz refletir por demais. Algo mágico e faz-me querer além de seu brilho bruto.
O temor se instala pelo fato que não domino a arte da lapidação e na tentativa de extrair um brilho maior, posso colocar tudo a perder.
Por isso vou com calma e buscando manobras precisas e certas para que não destrua este diamante que tanto me fascina.
Gostaria de possuir o poder de enxergar além e saber se há algo mesmo que se encontra adiante.
Poderia ter tentado logo no início, assim a perda do brilho não seria trágico. Mas na verdade nem sabia que poderia desejar algo mais pois entretido com seu brilho ali eu estava.
Assim continuarei a estudar, apreciar. Até que isso não seja mais o suficiente ou que descubra como poder extrair algo mais...