Por mais que a minha espiritualidade preparou-me para momentos como este que estou passando não há como negar que fica a dor, a falta, a saudade daquele que muito representava e representará para mim e tantos outros que tiveram o privilégio de conhecer nosso mestre.
Muito mais do que o Kun Fu, lições de vida e um carinho especial por cada aluno que colocou os pés ali.
Choro, lamento, nego, revolto-me e não seguro meu ímpeto pois ainda é cedo para me centrar.
Tenho desde já a certeza de que nada terminou no fatídico sábado, foi só o início de uma bela jornada do nosso querido mestre Lope. Lembro, nesses momentos, a passagem épica de Krishna com Arjuña:
Ninguém nasce e ninguém morre, só entramos e saímos de corpos perecíveis. Pois a nossa essência não há chama que a incinere ou água que a dilua.
Após esse difícil momento, sei que devo erguer e manifestar com plenitude cada kati, cada ensinamento, cada gesto. Dessa forma manterei o coração de nosso grande mestre vivo e grandioso como sempre foi.
Tchoi-kin, Sifu(Grão mestre Chiu Ping Lok).
Hao-mah em breve!
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