sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Duro Cotidiano.

Mais um dia que o tempo não ajuda para eu e minha querida Bia trafegar como um flash entre os perigos e admirações no trânsito maluco desta vida urbana.
Vou no esquema de pegar um ônibus até a estação e pegar o trem em direção ao Brás e ali pegar o metrô até a Praça da República. Eterna peregrinação de um pobre servidor que enfrenta o caos para que sempre tenha tempo para voltar a tempo de praticar o kun fu que tanto aprecia.
Tudo ocorrera como sempre só que na plataforma do metrô havia gente demais para uma sexta. Com muito esforço consigo um espaço para ser levado ao destino e observando rapidamente estou em uma situação que devo tomar uma decisão. O espaço tem para mim duas opções de me postar. Uma é colocar-me atrás de uma moça na posição "colherinha" ou fazer a mesma posição com um rapaz só que em posição passiva.
Sinto muito, ninguém merece isso às 8:40h da manhã em plena véspera de fim de semana. Vou tentar ser o mais respeitoso possível. Intento feito em silêncio sem alcançar êxito.
Serão alguns minutos inconvenientes até a estação da Sé onde o desafio de dois corpos ocuparem o mesmo espaço deve cessar. Para mim deve ser poucos minutos que para a garota serão eternos.
Nesse interim sinto um calor em minha região erógena que faz refletir o motivo. Paixão, libido?
Meu sentimentos, meu sentido olfativo acusa que não é nada disso. Revolto por um instante e dá lugar a outro pensamento.
Justo, muito justo. Os da família dos didelfídeos utilizam esse recurso como sua defesa ao sentirem-se ameaçados pelo seu predador. Não era o caso, mas justificado o erro de julgamento da situação. Além do que naquele aperto algo deveria ceder a tamanha pressão.
Agora os poucos minutos tornam-se eternos para mim que totalmente indefeso diante da situação. O que posso fazer é tentar retardar a minha respiração pelo maior tempo possível.
Não vou olhar para você, não há o que dizer, não há o que se cobrar nessas horas. Todos seguem seu caminho como se nada tivesse ocorrido e esquecer o acontecimento desagradável simplesmente. Talvez só eu eternize o momento nessa singela nota em meu blog.
Nota:
Confesso agora que tudo que foi escrito aqui faz parte tão somente de minha imaginação. Nada disso ocorrera, graças a Deus.
O que me inspirou foi a lembrança de um caso que fui "molestado"(rs*) por uma garota no trem. Mas isso já é outra história...

Nenhum comentário: