quarta-feira, 17 de setembro de 2008

e-ser

Eu sou Massami Kurokawa, tenho uma vida física mesmo que não houvesse qualquer registro ou se ninguém tivesse ciência da minha existência ainda eu existiria.
Tudo um tanto óbvio demais.
Na entrada do novo milênio, estamos nos deparando com uma nova forma do ser humano existir que até agora é chamada de virtual. Filmes como Matrix estão ganhando uma realidade em ritmo alucinante.
Onde o Massami é mais expressivo, onde ele é real?
Hoje o Massami tem quatro contas de e-mail, cadastro em vários sites, participa de listas de discussão, tem página no Orkut, tem vídeo no Youtube, possui um blog ao qual você está lendo e outra infinidade de e-sites que você pode me encontrar. Basta você colocar no cadê ou no google e encontrará uma centena de locais em que faço-me presente. Quantas pessoas reais acessam parte da manifestação do Massami todos os dias? Garanto que é muito mais gente que eu interajo no mundo físico.
Será que em breve isso fará com que o ser humano comece a ter crises existenciais. Hoje, se não fosse muito estranho, a pessoa a se apresentar pela primeira vez a alguém seria bem provável que ela saberia muito mais dela do que em uma hora de conversa. Curiosamente as pessoas ainda adotam uma postura diferente no mundo virtual do que ela é no mundo real. A proteção de não estar presente frente ao outro internauta que se opõe? A pseudo segurança de estar a kilômetros delas?
A única resposta que eu tenho é que as pessoas mesmo assistindo frequentemente que a internet não é um mundo à parte e sim parte da nova sociedade e as pessoas teimam em tirar suas máscaras. Seria até positivo se a razão não fosse totalmente distorcidas, não é verdade?

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