sexta-feira, 26 de abril de 2013

Instituições.

Ontem, fui atender uma ligação direcionada a uma colega do setor que está ausente. A pessoa
identifica-se como uma missionária em busca de ajuda para crianças com uma síndrome de nome indecifrável, só compreendi que era algo degenerativo.



Ela inicia a conversa dizendo que não ligou em fevereiro pois não teve tempo e pede desculpas. Eu, calado, fico analisando a abordagem da mulher. Pois já trabalhei com telemarketing e sempre é curioso verificar novos e velhos métodos e os vícios do atendente. Com certeza a pessoa em questão está totalmente reprovada.

Pois qual seria o motivo maior do que pedir dinheiro para quem se encontra na situação descrita? Além do que o compromisso não fora com a minha pessoa, portanto não há o porque se desculpar comigo.

Encerro seu discurso e lembro de três pontos: não sou a pessoa que ela procurava e desconheço sobre a instituição; ajudo a Instituição Assistencial Nosso Lar com tudo o que posso e estou atendendo da mesa de meu chefe cujo qual passou um serviço urgente (em momento algum ela pergunta se estou disponível para a conversa, sendo que desde o início ela sabe que o telefone é comercial).

A parte positiva é que dificilmente ela é uma profissional pela sua abordagem. Deve ser uma voluntaria que tenta arrecadar recursos para um serviço filantropo. Só que eu não mudo o meu discurso, pois o que mais existe neste mundo são pessoas que tiram proveito dos incautos de bom coração.

Tento tirar estas reflexões da cabeça, pois ficará tudo no campo do hipotético e a busca da verdade, nenhum fruto trará, só a dor de não poder ajudar, pois priorizo a instituição que já ajudo.

O auxílio destas entidades sempre encontram um grande problema, o trabalho voluntariado é bem abaixo do que de um profissional que saiba lidar com objeções com maior desenvoltura. Por outro lado adentra no desvio do propósito, uma vez que uma boa parcela do dinheiro doado não vai ao fim propagado.

Uma encruzilhada difícil de se resolver. Isto é o nosso mundo, cheio de pessoas boas e más. Cada um sendo hora protagonista, coadjuvante ou figurante desta grande obra.

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