quarta-feira, 10 de abril de 2013

O Mundo - Comportamento.

Outro dia escutava atento uma discussão sobre qual o grande mal que assola a nossa sociedade em termos comportamentais e de saúde. Falavam da diabetes, outro falava que a raiz da diabetes (mais frequente) era a obesidade, outro falava da depressão e após vários relatos cheguei a uma conclusão. Para sintetizar em uma palavra, achei que PREGUIÇA era a melhor por até ser um dos sete pecados capitais.


Nela estão inseridos as outras “qualidades” como imaturidade, egocentrismo. Pois acabo por perceber que a nossa sociedade entra numa espiral em que o imediatismo, recompensa imediata, ocasiona todas as doenças psíquicas e físicas atualmente e o pior é que, desapercebidos, nos colocamos na condição de vítimas.

Isto é um fato que sempre me faz pensar muito a respeito, pois na academia de Kung Fu sempre houve muitos alunos com problemas de dislexia, TDAH (Transtorno de Déficit do Atenção com Hiperatividade), Depressão, Síndrome do Pânico e ali obtiveram uma grande melhora no quadro. Ficava um mistério para identificar o que realmente a arte marcial ajudava nestes casos.

Foi assim até que um dia após conversas e leituras sobre outras doenças em que psicólogos e afins cravavam que na maioria dos casos é a vaidade, o narcisismo, excesso de mimos que tornavam as pessoas assim.

Cada vez mais os pais sentem-se culpados pelo pouco tempo para despender aos filhos e, em alguns casos, não estão preparados para tal missão e comprometimento necessários.

Assim, criam-se monstrinhos ditadores, mimados, em que tudo é feito ao seu gosto e com celeridade. Crescem com isso e em determinado momento não há mais como sustentar seu reinado e chega o momento de ceder para conviver e inicia-se vários problemas. Os responsáveis ainda acobertam, protegem e justificam as ações dos pequeninos. Até para proteger do fato de que não é capaz de educar sua prole.

Um mal desempenho escolar e surgem as prováveis causas. Escolhe-se o caminho mais fácil, sempre. Pretere-se ao educar por cravar que o mesmo tem um problema/ doença. Pois pode com um medicamento dar como encerrado o caso.

O indivíduo cresce com isso e mantém sua forma de agir.

Não aprendo porque tenho problema, engordo, sou deprimido, tenho stress, por qualquer outra razão que não seja a de erguer e trabalhar para mudar minha situação.

Nesse momento é que eu percebo onde o Kung Fu se encaixa, aliás não só ele como qualquer atividade física provoca. É que no instante que a pessoa se move para resolver um problema, ela já age de forma diferente a todos os outros problemas. Deixa de lamentar, se diminuir, autocominar, entregar-se nos braços do fatídico, para então agir e lutar contra as adversidades.

Claro que há casos e casos, mas vejo muito isso, diagnóstico depressivo e o sujeito está ali no facebook curtindo e compartilhando; o dislexo que vai mal na escola e se entretém com um filme legendado; o que se queixa de seu metabolismo e não emagrece consome um saco cheio de guloseimas entre as refeições.

Avalizado pela cultura do politicamente correto, tolerância, formatação de novos quadros clínicos temperados com mentalidade fastfood, postergação, materialismo e valores rasos.

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