terça-feira, 12 de março de 2013

Antítese.

Acordei com vontade de gritar, peito apertado pela saudade.


Saudade de alegrias pretéritas, momentos de pura nostalgia.

Um passado que deveria ficar por ali e carrego nos meus dias.

Um passado que visualizava um grande futuro e projetos.

No presente, não passa de sonhos e devaneios tolos e vergonhosos.

As lembranças que deveriam sumir ficam mais vívidos que a realidade.

Um presente ausente para quem sente que só ali tudo se realizara.

Sem o querido passado, vivo um presente sem futuro ou noção do que esperar.

Assim, sem planejamento ou vontade, caminho dia após dia para um nada e que tudo possa ser melhor do que espero.

As pequenas vitórias, são, agora, minhas glórias e felicidades.

A ironia vivida deste curioso paradoxo, meu humor imerso nesta antítese de sentimentos.

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