Houve mais uma palestra que eu tive que assistir
por imposição da diretoria do departamento que eu pertenço, pois havia
pouquíssimos interessados pela palestra e para não deixar o convidado em saia
justa, nada mais lógico do que colocar pessoas desinteressadas na plateia. A
palestra era sobre o modo e a vivência da vida na aposentadoria.
Logo de início ela diz que é o momento de termos
como objetivo único em ser feliz e que as mágoas pretéritas são a maior causa
de infartos.
Bom, eu com mais de 25 anos para ter direito a
aposentadoria, discordando de que a felicidade deve ser buscada no interior da
gente a cada dia em cada ato, com convicção de que o maior fator de infarto é a
má alimentação, sedentarismo e estresse. Simplesmente parei de prestar atenção
em tudo o que a criatura dizia.
As pessoas precisam parar de achar que trabalho é
castigo, mesmo que a origem da palavra (labor) tenha a conotação de penitência.
Não SOU feliz por trabalhar, certeza que eu seria mais feliz, ou mais contente/
realizado se eu tivesse dinheiro o suficiente para interromper minha rotina
cotidiana. Como eu disse, a felicidade vem do nosso interior, estar satisfeito
com a nossa condição e conquistas (bem diferente de conformismo). Caso
contrário estar sempre a busca de uma situação que a permita.
Jamais coloco minha felicidade em nada material, se
um dia começar a achar que a verdadeira felicidade está em algo assim,
começarei a me preocupar, pois nada material pode ser mais fugaz ou efêmero do
que qualquer valor moral.
Comentava com um amigo aqui sobre isso e, claro,
ele era um dos que concordava com o meu pensamento e dizia: isso eu
praticamente não falo com ninguém a respeito, pois o pensamento primário de
quem ouve é de que sou pobre coitado sem dinheiro que tenta justificar sua
miséria. Triste constatação.
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