sexta-feira, 21 de junho de 2013

MPL não marcará mais protestos.

Após duas semanas ainda é difícil desenhar o que representa e onde poderá chegar.
O MPL anuncia o fim das convocações das manifestações. Só que várias outras estão a acontecer movidos por anônimos(nos dois sentidos) e com outras causas nobres que o cidadão ciente de seu papel cívico deve assumir.
Há uma tentativa de nortear o movimento popular que foi colocado cinco tópicos, exclusão da PEC37; saída de Renan Calheiros da Presidência da Câmara; Fim do Fórum Privilegiado aos Políticos; CPI rigorosa dos gastos públicos nos Estádios da Copa; PEC que caracterize corrupção como crime hediondo.
Os que envolvem diretamente os deputados, creio beirar a utopia. Bom, mas como diz o célebre escritor Eduardo Galeano, a utopia é o que nos move adiante*.
Agora, o movimento começa a despertar alguns conflitos ideológicos, normal mas temeroso. Pois há muitas causas envolvidas e pluralidade de motivações que levaram os brasileiros a protestar. Agora cada um quer que a sua causa seja o foco. Há também oportunistas de plantão que só querem bagunça e saquear, infiltrando no meio da multidão. Há, também, partidos políticos tentando deixar a sua marca, arrebanhar alguns e – com toda certeza – amanhã utilizar as imagens para sua auto promoção.
Destaco a Rádio Estadão, principalmente seu locutor matinal Haisem Abaki, que ouço hodiernamente há anos e sempre muito coerente, imparcial e com tiradas engraçadas alegram a minha manhã. Ele foi o único jornalista que não cravou nenhum julgamento pejorativo ao movimento desde o início. Ponderou e disse que preferiria aguardar os acontecimentos para melhor entender os motivos e  as causas defendidas.
A grande luta de momento é segurar meu ímpeto, meus devaneios e desejos. Difícil não ficar a viajar projetando o que o futuro desta nação nos guarda. Expectativas que espero que sejam superadas, mas só com paciência e muito tempo.
 *   “A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.”

Nenhum comentário: