Passado o
frenesi dos protestos, onde houve uma união de todos contra um objetivo único.
Agora vem a pergunta, “quem é o nosso inimigo comum?”
Esta fase
do processo e as seguintes são delicadíssimas em termos de movimento popular.
Pois começam as divergências, falta de consenso, objetivos conflitantes...
Todos os
políticos?
Okay, mas
do mesmo jeito que os governantes não conseguiram parar o movimento por não
possuir uma liderança, incorremos no mesmo erro quando generalizamos com o
termo “TODOS”. Fica impessoal e nessa situação, todos ficam numa zona de
conforto.
Não tem
por onde, tinha que partir de nosso estadista, Dilma tomou a atitude e colocou
a cara a tapa.
Claro que
não sou ingênuo de achar que ela está sensibilizada com a nossa causa, afinal é
a mesma que se omitiu em tantos escândalos e foi a que assinou vários outros
desmandos e festas com o dinheiro do contribuinte.
Por outro
lado, não existe mágica, a melhor ferramenta (para quem não defende algo
próximo a golpe de estado) é pressionar a Dilma a fazer o certo por nós e
ficarmos fiscalizando bem próximo com um senso crítico bem afiado.
Não
consigo enxergar nada mais producente do que esta alternativa. O PT é um lixo,
concordo, mas boa parte disso é culpa do sistema que deixa o executivo refém do
legislativo. Daí os conchavos asquerosos com partidos ridículos e inexpressivos
que a fazem se curvar.
Houve
tempos no governo Collor e FHC que o apoio da população era tão grande que o
Congresso não se atrevia a não aprovar as medidas destes.
Está na
hora de usar isso novamente, mesmo que ela não seja a pessoa mais indicada, mas
que seja a nossa marionete dentro do sistema.
Ela quer
nos calar para que a Copa saia sem maiores celeumas? Pode até ser, mas ela está
chamando todos os poderes para fazer o tal plebiscito.
Pelo lado
técnico da coisa, nada mais perfeito e democrático.
Democrático
que pode se mostrar contra as manifestações. Creio que muitos ainda estão
esquecendo do apoio da parte populista de nossa nação. O movimento precisa
deixar claro que não é e nunca será excludente ou contra esta classe de
miseráveis que temos, sim, responsabilidades com ela.
Exprobrar
ferinamente a nossa presidenta não me parece o caminho, principalmente que com
um possível impeachment, que duvido que conseguiria a maioria dos votos(mais de
400 deputados na base), traria um pseudo
sabor de vitória que apaziguaria os ânimos do povo e, consequente, declínio das
manifestações.
Mais uma
vez, digo que não sou dono da verdade, tão somente, incito a sua reflexão.
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