quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Percepção do Tempo.

Outro dia do cotidiano, o dejavú se instaura pois quase nada muda.


Vejo as pessoas aceleradas, atropelando outras tantas para ganhar preciosos segundos. As pessoas escravas do relógio, olham e conferem compulsivamente a cada trinta segundos ou um pouco mais. Talvez perca mais tempo nessas olhadas do que no tempo quem enxerga como perdido.

Há casos trágicos em que o ganho de segundos leva a perda de toda a vida ou boa parte dela num acidente, o buraco não percebido, o sinal fechado.

Há ainda os que perdem muito tempo e não dão conta. Quase ninguém me entende que eu prefira “perder” uma hora e quinze minutos de coletivo a vir de moto em quarenta minutos. Deixo de “ganhar” propositalmente, uma hora da minha vida por dia.

Não entro em discussão, pois cada um faz com seu tempo o que bem entender. Agora explico para quem possa interessar em ler meu motivo. Sobre a moto eu preciso estar totalmente atento ao caótico trânsito da cidade de São Paulo. Com sua mil armadilhas, péssima sinalização, igualmente desqualificados condutores. Causando sempre um estress e tensão.

No coletivo, posso ouvir uma boa música, admirar a paisagem, notar a arquitetura de uma igreja, olhar as beldades femininas presentes, conversar com elas ou alguém que puxe uma conversa, encontro amigos ocasionalmente, leio um livro.

Na minha visão eu não perco uma hora entre a ida e minha volta, eu ganho uma hora e meia.

Sou assim em passeios também, prefiro sair antes para se caso encontrar uma paisagem bela pelo caminho, poder parar para admirar. Chegar ao destino tranquilo e bem humorado. Bem diferente do que eu presencio em várias oportunidades.

Ainda acho, mas só o senhor tempo me dirá, que lá na frente por viver mais tranquilo terei uma longevidade e, assim, um tempinho extra dos que me criticam.

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