segunda-feira, 11 de junho de 2012

FELICIDADE



Olha, já vi muita gente pentelhíssima* com o assunto após ler um dos milhares de livros a la Lair Ribeiro. A bola da vez é "O Segredo" de Rhonda Byrne. Não é novo, mas volta com força depois de um tempo. Nada mais chato que modinha retornar quando você acredita que acabou.
Caro leitor, vou contar um segredo(desculpem o trocadilho).
As pessoas não querem e não se preocupam com sua felicidade. Elas querem vender um produto que elas não possuem com um rótulo que seja atraente. Isso não é segredo para felicidade, isso chama-se MARKETING. A felicidade que você tanto busca foi inventada e induzida(resumida em The American Way of Life), ela não existe e você não precisa dela para ser feliz. Felicidade não é o que você tem e sim o que você é. Muita coisa que você aspira como felicidade é tão somente valores sociais altamente hipócritas. Ser feliz começa por amar a si. Se sua vida é ruim ao ponto de ser mesmo infeliz, a culpa é sua e de seus pais, que a criaram e mimaram achando que você é o centro do universo e por não ter controle de tudo e que todos satisfaçam suas vontades a faz infeliz. Nesse caso, passou da hora de procurar ajuda profissional, não em livros.

"By the way" adoro mesmo textos lindos e realmente inspiram-me muito e alegram o meu dia, mas só isso. Não fico a adorar(na pior acepção da palavra) e propagá-la pregando como se fosse a redenção ou a Neo-religião da Nova Era.

"O maior fetiche de nossa época é a busca da felicidade. Vários são os instrumentos
utilizados para tal intento, um deles, um tanto mais sofisticado para um mercado tão
brega como o da felicidade contemporânea, é a literatura de autoajuda."
Guia Politicamente Incorreto da Filosofia – Luiz Felipe Pondé.


Sobre o livro O SEGREDO.
"Há muito exagero e pensamento mágico. O que não deixa de ser uma forma de delírio auto-referente, uma maneira de pensar, como criança, que o mundo inteiro está aí apenas para obedecer a nossa vontade e caprichos."
Lázaro Freire

* Superlativos Absolutos Sintéticos: usava e abusava à la Nelson Rodrigues.
Hoje, adotados pelo vernáculo gay, distorcendo, desvirtuando a seriedade
das minhas ideias, abandonei. Sem conotação homofóbica. Que fique bem claro.

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