quarta-feira, 13 de junho de 2012

O Visceral e O Etéreo.

Dia de trabalho, metrô, linha 2, às 18 horas.
Turba, comprimidos, asfixiante, totalmente.
Desejos, viagens mentais, desvarios, fantasias.
Quero estar em Paris, a deliciar um crepe suzette.
Até acomodado diante da barraca do pernil.
Era o sonho de final de dia que eu gostaria.
Talvez pior seria, inserido, sem a minha força varonil.
Ainda melhor, ao destino dos em guerra pela etinia,
em Serra Leoa.
Assim acabo aqui, entre milhares, numa felicidade relativa.
A felicidade absoluta, a alegria divina, a ventura magna.
Brilho da alma, fulgurar do coração, a contemplação do insólito.
Um dia, quem sabe, eu, nós, todos, manifesto e notório.

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