domingo, 12 de agosto de 2012

Árido.

Meu longo inverno chega ao fim
Ficando só nas lembranças
Mas o que passou não pode ser negado
O castigo foi duro e implacável
Deixará marcas que a primavera não encobrirá
Um campo infértil e incrédulo como herança
Os vestígios do sofrimento como cicatrizes
Muitas primaveras serão necessárias
Para que algo traga a esperança
O petrificado mudando somente a arenoso
Talvez o melhor a fazer seja abandonar tudo
Ignorar o amor como fonte de felicidade
Pois a única colheita que proporcionada
Serão os arrependimentos e a saudade


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