quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Cada conto aumenta-se um ponto...

Meu tio, um grande contador de estórias!
A interjeição denúncia minha idade avançada.
Estórias? Faz tempo que eu não ouço esta palavra.
Antigamente um conto, um mito, um causo era tratado assim.
Hoje, para algo real ou fictício se denomina e se escreve "história".
Muda muito pouco ou muda todo o contexto da palavra.
Verdades e mentiras contadas pelas histórias de não importa quem como narrador de fatos reais ou imaginários.
Será que a mudança veio com a modernidade, onde a inocência de Papai Noel e Coelhinho da Páscoa se perderam. Ou seria mais profundo, com as inverdades que a história narrou várias passagens e em descrédito se encontram, e ninguém mais importa sobre a veracidade dos atos?
Qual a diferença entre Batman e Lampião? República Popular da China e a Terra do Nunca? A Era do Gelo 4 e o Aquecimento Global?
Tantas mentiras ditas por quem deveria cuidar da verdade e tantos escritores que fazem a gente viajar em belas palavras com tanta sinceridade que talvez seja, por este motivo, que hoje em dia não faz nenhuma diferença em saber o que é verdadeiro dito pro quem só inventa, ou quem jura dizer a verdade diante de uma plateia descrente.
Assim, era uma vez.
Sim, era, jamais será novamente uma terra onde o faz de conta e o nosso cotidiano podia-se separar tão simples e fácil como a água do óleo.
Não há mais como determinar o preto do branco. Porque até isto, hoje, é proibido, tornou-se politicamente incorreto. Basicamente, nuances de cinzas.

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