Os Super- Heróis povoaram as telonas nos últimos tempos. Faz a gente pensar e desejar ter alguma coisa que nos identificasse com qualquer um, nem que seja algo que não influencie o desempenho do grande personagem, defensor dos fracos e, por estes, admirado e aclamado. Sem dizer que olhos das mais belas beldades brilham por eles.
Os clichês e jargões me seduzem para dizer algo como "acorda, o verdadeiro herói é quem coloca comida na sua mesa(pode ser você mesmo)". Mas a mesmice não traria nada de novo na vida de ninguém.
Quem não quer sentir-se herói nem que seja por um dia. Quem não imagina ser um campeão olímpico(está na moda) ou ser ovacionado por ser um feito inédito perante sua nação.
Ser exemplo; trazer orgulho para alguém que faça, para você, a diferença; levar a inveja a alguém que você menospreza(nada honroso, mas verdadeiro). O que pode ser ou ser feito?
Alguns traduzem este feito no carro novo na garagem, uma medalha de um torneio de bairro, uma medalha de participação de provas de corrida de rua, a promoção no emprego, a exuberância no presente da mãe, as fotos nas redes sociais de suas viagens à Europa. São formas distorcidas de encontrar valores e virtudes dos heróis de nossa infância. Mas é o que a maioria da população diante da impotência de executar um feito digno de orgulho, faz contentar-se com um "troféu fake" ostentando e resumindo sua gloriosa jornada.
Assim somos nós, bicho homem caminhando e contentando-se com o "flash" de sua centelha medíocre diante da escuridão da inexpressividade da humanidade.
Chego nas salas de cinema, curto, vibro, emociono-me como um ser humano ordinário.
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