Gripe, coriza, febre, uma aspirina para aliviar a dor.
Um chá quente para ajudar, não sei como pode ajudar efetivamente mas seu calor e aroma me conforta.
Uma vitamina C para terminar o coquetel em prol a minha saúde.
Fico ali observando a pastilha borbulhar no copo d'água enquanto monto a estratégia de beber enquanto 'fervilha' e lembrando de tirar o óculos antes que fique salpicado de ácido ascórbico. Faz décadas que o ritual se repete e ainda não sei o motivo da Vitamina C ser ingerida borbulhando.
Aproveitarei meu momento filosófico para descobrir antes que esqueça e questione novamente. Ou ainda alguém pergunte e com um ar desconsertante diga que não faço a mínima ideia.
Vou no oráculo, mestre dos insipientes virtuais e pergunto "Ó, grande mestre Google responda-me a função ou o motivo da efervescência da pastilha de vitamina C". Ele não tem a resposta, ou se tem está perdido nas outras milhares de páginas.
Pergunto ao meu primo que é farmacêutico e ele também desconhece o por quê. Ridicularizo-o e questiono seu profissionalismo antes de despedir-me.
Fico intrigado, afinal, será como o homem que trabalhava batendo com um martelo nas rodas metálicas do trem e aposentou sem saber o motivo do que ocupou boa parte de sua labuta?
Diante de tamanha frustração e pensamentos horripilantes sobre morrer sem obter uma resposta, eis que meu primo volta com a informação. "A razão da efervescência é por torná-la paltável e otimizar a absorção da mesma.
Às vezes, ser mal-educado e questionar a capacidade das pessoas traz resultados.
Nota: nenhum animal foi maltratado nesta história. Muito menos a anta do meu primo.
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