Olhando para trás só sinto saudades. Inclusive o assunto surgiu porque presenciei uma cena deplorável no parque perto de casa. Muitos caminhantes(algo acima de 5) tomavam conta de toda a trilha. Sem opção, alguns corredores foram falar com eles, não sei em que tom e discutiram. Com certeza ambas as partes devem ter dito tudo aquilo que a outra parte desagrada no percurso. Claro que como corredor fico do lado dos corredores. Afinal, haviam mais de dez corredores e 5 a 7 caminhantes 'entupiram' a trilha prejudicando a outra parte. Caso os caminhantes andassem dois a dois todos poderiam continuar felizes em suas atividades em comum convívio. Mas claro que não poderiam, como todos interageriam se não pudesse o último ouvir claramente o assunto dito pela primeira dupla?
Ninguém quer ceder um milímetro, afinal a vida já cobra muitas conceções não é mesmo?
Comecei a correr em 2002 participei da minha primeira prova no Aramaçam em 2004 e o espírito era outro, como uma irmandade, todos se cumprimentavam. Afinal todos ali tinham rostos, nomes e uma história.
Caminhantes e corredores unidos em harmonia. Nessa época todos que se identificavam na rua, cumprimentavam-se com alegria e até uma conversinha fiada era ensaiada.
Hoje, quando cumprimento alguns, parece que sou um alien, quem seria aquele desconhecido que vem interagir comigo. Deve ser algum maluco ou insano.
Até agora eu procuro alguma vantagem no "bum" das corridas de rua e a única que eu encontro são o grupo de amigos antigos que agora uniram-se ao meu "hobby".
No mais, corridas lotadas com gente estressada( até hoje eu pergunto-me o que leva o sujeito pagar e levantar cedo num domingo para ficar mal humorado), inscrições caras(aliás tudo ligado a corrida de rua é caro) e - geralmente - mal organizadas.
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