terça-feira, 3 de julho de 2012

Espanha Campeã da Eurocopa e a Pergunta de Nós, Brasileiros.

"A nós, resta refletir. Por que deixamos de ser Brasil? Quando seremos Espanha?"
Milton Leite.

Curto e grosso, só o dia que perdermos esta síndrome de gata borralheira.

Falar em dia certo, ou o que motivou a perda de referência no "futebol arte" pode ter um conjunto de causas que cominaram neste caminho emaranhado em que a escola brasileira se perdeu.
Talvez desde o massacre de 1974, onde o carrossel holandês atropelou taticamente a seleção canarinho.
Grandes valores, craques super-humanos como Leônidas, Pelé, Djalma Santos, Tostão, Ademir da Guia e tantos outros tenham feito de nós displicentes quanto a valorizar esquemas táticos e ideia de grupo.
Ainda hoje, vemos muito disso no futebol brasileiro. Invariavelmente quando 'a coisa aperta' o técnico pede para tocar a bola para o craque, esperando que sua genialidade resolva sozinho os problemas da equipe.
Poderíamos ainda citar que, após a tragédia de 1982 e quase uma reprise em 1986, o futebol de resultado tornou-se um verdadeiro mantra. Minimizado pela derrota vexatória da seleção de Lazaroni. 
Com o futebol pragmático, trouxeram o 3-5-2 europeu como algo revolucionário.
Priorizando zagueiros e volantes destruidores. Sem pontas e laterais, criando mutantes que reflete-se ainda no futebol de hoje com a carência de bons laterais.
Nós simplesmente ignoramos os anos de migração de talentos para os maiores clubes europeus. Fortunas seduziram nossos atletas precomente.
Sem referência, em quem se inspiraria nossos futuros valores?
Rios de dinheiro chegam nas mãos de atletas adolecentes. Esquemas turvos avaliam as novas gerações e em quem se investir em treinamento.
Ouvi de muitos que levaram filhos e parentes em peneiras e como resposta: Ele tem talento, mas não sabe jogar em grupo.
Ora, isto é o absurdo do contra-senso.
Afinal, na hora do aperto quem são os escolhidos para tentar resolver sozinhos?
Neymar( Santos), Lucas( São Paulo), Montillo( Cruzeiro) e Valdívia( Palmeiras).
E, como sempre digo, ensinar tática, posicionamento, jogar pelo grupo é fácil. O difícil é ensinar destreza e habilidade a um caneludo.
Minha Opinião.


http://sportv.globo.com/platb/milton-leite/2012/07/02/nos-ja-fomos-espanha/

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