sexta-feira, 13 de julho de 2012

ex- Nação de Chuteiras.

Atualmente sou servidor público e creio que desta condição só para minha aposentadoria ou o tão falado descanso eterno dos cristãos. Já fui empreendedor e também tive que buscar a minha vaga ao sol como qualquer outro mortal.
Lembro muito bem de uma seleção que eu participei que teve uma dinâmica de grupo, onde se escolheram os 'melhores' líderes. Aqueles que tinham liderança, sabia cordenar o grupo e( principalmente) lidar com pessoas com tempo diferentes.
Na verdade esta última foi o quesito principal e o que expos esta qualidade primeiro e com uma bela embalagem foi o escolhido. Porém, fiquei amigo desta pessoa. Amigo seria muito, conheci e acabei por trocar contatos com ela. Afinal eu percebi nele uma qualidade e poderia acrescentar ao meu conhecimento e apurar as minhas táticas de prospecção de uma vaga cobiçada.
Ele falou que foi sim, primordial esta qualidade ressaltada. Mas ele sabia que de nada adiantaria, é só um floreamento, uma desculpa que analistas de Rh utilizam para atestar a qualidade do candidato e tirar o "seu da reta" caso fracasse. Dissertou que pesquisou sobre a empresa, uma das maiores do ramo nacional, e descobriu que o cargo de supervisor não atingindo a meta por dois meses seguidos era sumariamente demitido. Ou seja, como ele poderia respeitar o 'timing' as dificuldades momentâneas de seu subalterno se ele pagaria caríssimo pela sua complacência? Hipocrisias que encontramos no mundo corporativo e em muitos outros 'nichos' sociais.
Para variar, acabamos no futebol. Tenho vários amigos, alguns chegaram a ser profissionais no esporte e por essas andanças já ouvi muita história de pessoas que não passaram em peneiras de categorias de base. Uma resposta/ desculpa/ análise para a rejeição era a de que 'o garoto é bom de bola, mas não tem noção tática e espírito de grupo'. No jargão mais claro, ele é fominha.
Creio que aqui se encontra uma parte da resposta sobre o péssimo momento que vivemos no futebol. Onde as escolas européias nos deixaram no chinelo e ainda com uma boa formação de caráter e profissionalismo desportivo que possuem, o mercado estrangeiro aos nossos atletas cada vez mais restrito a destinos como o Catar, China, Ucrânia e Rússia.
Fominha é um vício para as categorias de base, mas o vemos em atletas estrelas como Neymar( Santos), Lucas( SPFC), Maikon Leite( Palmeiras), Luis Fabiano( SPFC), Liedson( SCCP)...
Sempre digo aos que eu conheço até por preferências entre atletas que vestirão o manto do meu time de coração. Prefiro o que não tenha tanto espírito de grupo, que seja um tanto fominha mas que seja habilidoso e inteligente. Pois essas qualidades não terá treinador que o faça aprender. Agora diciplina tática e uma melhor convivência em equipe é muito fácil em relação ao 'caneludo' tornar-se 'bolero' da noite para o dia.

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