segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Ser de Luz VI - Meditação.


Peço, suplico por seu sossego ao menos uma vez.
Sei que te sobrecarrego de informações e emoções.
Utilizando e usufruindo de toda a sua capacidade.
A esquerda coloco os mais racionais dos argumentos,
a direita evoco para tentar dissuadi-la sem êxito.
Tenha misericórdia, rogo- lhe que atente ao meu objetivo.
Estou tentando comunicar- me com a casa da saudade,
que toda alma sente ao olhar para o céu, o mar, a criança.
Nada deste mundo me leva a conseguir atingir a minha busca.
Seria a ilusão deste ser, a turbidez causada pela ignorância.
Apreciar o invisível, aspirar o inodoro, sorver o insípido,
escutar o silêncio e tocar as estrelas da minha morada.
Sentir, sim, sentir o abraço do Grande Confortador histórico.
Muito mais real que o mundo ao qual pertenço e me acolhe.
O mundo leva a manifestar o que sinto aos meus irmãos
em seus invólucros e aos irmãos do etéreo, espero.
A vida nada mais é do que o aprendizado de minha essência.
Jamais será substituido por nada, nem escritas lidas,
palavras ditas ou gravuras impressas. Jamais conseguirá.
Questionado posso ser por ti, então o que eu faço tentando
colocar em palavras o inexpressível que de fato o é.
Não sei, a única coisa que eu sei é que nada sei.
Espero conduzir-me por caminhos e chegue, finalmente,
onde desejei estar e poder dizer que, enfim, estou em meu lar.
A morada do início, do meio, do fim, a nossa casa.

Onde posso deixá-la em paz para que aos de bem leve
desta vez algo de bom e inspirador pela voz do coração.

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