quarta-feira, 1 de julho de 2009

Final de Dia Agitado: Ato 3.

Retornando para minha casa, pois minha intenção de passar na academia de Kung-fu vai para o espaço pelo tempo que fiquei no socorro.
Um Celta chama a minha atenção, nitidamente percebe-se que o motorista está irritadiço ou com muita pressa para ir a algum lugar. Mas tenho que ultrapassá-lo pois a moto em trânsito sempre é mais rápida. Dou uma buzinada para o sujeito me perceber. Ele olha para o retrovisor do lado direito e quando estou do seu lado ele joga o seu veículo contra. Nem preciso narrar o susto que passei que veio com uma enxurrada de ira logo atrás.
Não contente o sujeito buzina e me xinga. Eu, totalmente desequilibrado, paro a Bia. O sujeito fala mais coisas e diz para eu encostar. Aceito seu pedido com prazer.
Saio como um louco da moto e pensei mesmo em machucar e muito esse cara. Ele fala para eu ir para cima dele. Penso(acho que devia pensar menos) em muitas coisas e acho melhor que eu tome uma postura de defesa e não de ataque, afinal sou faixa preta e num possível processo ele ficaria como vítima. Peço encarecidamente que ele venha primeiro. Muita provocação e nenhuma ação.
O sujeito não para de falar em tom de superioridade, diz que eu não sei com quem estou mexendo. Nesse instante mando ele calar a boca, pois quem não sabe é ele.
Falo que sou faixa preta e só esperei ele agir. Acabo dizendo que sou de Jiu-jitsu para resguardar o nome do meu bom mestre de Kung-fu(desculpem meus amigos, mas os Pitiboys já denigrem mesmo a imagem de sua arte).
Sujeito falastrão, um verdadeiro coitado diz agora que é influente. Olha a minha placa e diz que depois vou receber um presentinho em minha residência.
Mais uma vez retruco, digo que trabalho no Egrégio Tribunal de Justiça. Não estou usando para dizer que vou cometer algum mal, muito pelo contrário, mas sim que sou conhecedor dos caminhos para coibir servidores que fazem mal uso de seu cargo ou de outrem.
O olhar do sujeito diz tudo, um misto de medo com reticências do que acabara de ouvir.
Não vou me identificar, ato desnecessário e vou retirando-me dizendo que é melhor você cuidar deste seu mal humor que ainda vai te levar para um lugar ruim.
Ele começa a dizer mais besteiras ligo a moto, acelero e vou embora.
Coisas dessa guerra que se tornou as vias públicas.

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