sábado, 18 de julho de 2009

Nossa querida Nave

Estou aqui a volitar pelo espaço. A minha percepção do universo é algo que não posso colocar em palavras. Acreditem, não foi por falta de infindáveis tentativas. Ali estou a olhar o planeta Terra, onde em algum lugar repousa meu corpo enquanto estou aqui em atividade distinta. Onde não há lugar para meus pequenos dramas, nem as da humanidade individualmente.
Há a dor coletiva que essa grande nave carrega. Impossível não se comover e a compaixão despertar no cardíaco não muscular.

Coloco o planeta em meu colo e estou a acariciá-lo para que possa amenizar seu sofrimento.

Loucura para alguns, impossível a outros, a julgar meus ímpetos estão. Nada importa. Afinal, ali não há lugar para questionamentos, somente para certezas supremas.
Por falta de uma palavra melhor por aqui, uso a do oriente. Onde nada além da Shradha reside na essência dos que a guardam e ecoam pelo etéreo.

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