sábado, 13 de junho de 2009

Ao Inefável


Já faz muito tempo. Fui com meus amigos ao aeroclube de planadores de Jundiaí fazer um voo de planador a reboque.
Estava muito feliz pelo feito pois queria muito voar de planador e sentir o que já me descreveram.
Algumas horas depois e muita ajuda de coloca ali, traz para cá os planadores após seus pousos e decolagens. Muita conversa e histórias de tudo o que sai do chão.
Chegou o meu instante de finalmente pilotar o alvo aeródoto pelo azul do céu.
Um Aerobuero modificado rebocava até os mil pés e dali o ansioso momento de voar só pelas forças do vento.
Foi algo indescritível, paz interior completa, o mundo pequenino lá em baixo fica tão distante e os problemas parecem que em terra ficaram também.
Só o som do vento pasando pela cabine e logo aproxima os primeiros urubus.
Animais desengonçados e discriminados por sua dieta nauseante.
Mas ali me cima são majestosos, voam com graça e serenidade.
De repente um se aproxima muito e ele vira sua cabeça e olha para mim. Olhos nos olhos.
Foi surreal, nunca estive tão perto de um. Creio que representamos ameaças quando estamos sobre nossas pernas e ali somos parceiros. Dividindo a dádiva do rei sol ter formado uma bela térmica que nos mantêm.
Um voo de menos de trinta minutos que recordo vivido em minha memória, posso até sentir os raios de sol invadindo a cabine e aquecendo-nos e sentido mais do que qualquer outra fase da minha vida a presença do inefável.
É uma das coisas criadas pelo homem que mais próximo de Deus pode-se sentir.

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