sábado, 13 de junho de 2009

Morte Física


Um dia ouvi um comentário, preferi manter-me calado afinal a palestra era para o pessoal do trabalho e acho que seria contraproducente, uma vez que era só ilustrativa a passagem em si.
O palestrante diss que temos uma curiosidade quando passamos por um acidente que é o nosso instinto de sobrevivência que faz olhar e avaliar. Assim evitamos de cometer o mesmo erro.
Achei falho essa afirmação, pois os acidentes ocorrem sempre pelo mesmo motivo, imprudência e os números não caem, portanto...
Não concordo quando se diz curiosidade mórbida também. Claro que dentro de um contexto.
A morte é uma curiosidade de todos, seres humanos e animais. Nós principalmente pois temos a ciência que um dia ela chegará a nós, cedo ou tarde.
Mas por outro lado é algo que todos desconhecem e é uma mudança permanente ao corpo físico pelo menos.
Ela nos fascina, olhar o corpo de alguém sem vida é um mistério e causa impressões e emoções.
Faz todos pensar e avaliar muita coisa, principalmente quando são nossos amigos próximos da mesma faixa etária que começam a partir.
Pois na cabeça de todos aparece o pensamento: poderia ser comigo.
Eu já não alimento essas coisas, em meu caminho encontrei pessoas, ensinamentos e experimentos pessoais.
Já fui questionado se tudo que eu passei não é só viagem minha e do grupo que participo.
Respondo que a dúvida não é minha, não cabe a mim provar nada.
Mesmo que eu esteja totalmente enganado, o que duvido, a qualidade de vida que eu tenho por esta certeza já compensa qualquer equívoco.
Já me disseram que eu não importo com o fim pois já vivi o suficiente e muitas realizações.
Não concordo, pois tenho sonhos e vislumbro realizações à frente como todo mundo.
A afirmação partiu de uma pessoa bem mais nova e entendo que por mais intensa que seja a minha vida nunca será o suficiente. Difícil de explicar, mais fácil deixá-la vivenciar.

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