segunda-feira, 22 de junho de 2009

Como tudo funciona

Já comentei que meu amigo sofreu acidente de moto, graças a Deus nada de mais grave ocorreu com ele.
Hoje, após reflexões ele diz que vai dar um tempo com as motos. Se o seguro declarar perda total ele não comprará uma nova moto. Se o seguro consertar ele a venderá. Ele disse estar muito impressionado com cena que volta em "flash back".
Não vou tecer comentários contrários a este pois eu sei o que ele deve estar passando e como já disse, nenhuma pessoa que veio perguntar a minha opinião sobre motos acabou comprando. Eu nunca perdi um amigo sobre duas rodas, ainda bem. Mas já vi nego amputado e amigos que sofreram sequelas e pinos em suas pernas e braços.
Curiosamente isto não me impressiona de como deveria ser o normal. Fico a pensar o porquê.
Um dia desses lembrei de um amigo que era fumante e estava tendo crises pulmonares agudas e seu médico dizia que estava a um passo de um efisema. Ele havia sido alertado anos antes e não deu ouvidos e nesse momento o seu comentário foi: Devia ter parado antes.
Entendo que isso não ocorre só com o meu amigo que no momento achou que o sacrifício era homérico para se realizar e quando se encontrou na encruzilhada da vida se pudesse faria o triplo do trabalho e dedicação que poderia ter colocado em prática.
Será que é esse mesmo mal que me assola?
Eu acho que o prazer que as motos me proporcionam vale o risco remoto(não tão remoto) de me acidentar?
Será que se um dia eu vier a sofrer vou ficar lamentando não ter ouvido a voz da razão e da prudência?
Bom, melhor eu parar com estes pensamentos. Quem sabe daqui uns dois anos quando for hora de vender a Bia.
Querido destino, aguarde um pouco mais se for possível...

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