quarta-feira, 17 de junho de 2009

Sempre Aprendendo com as Duas Rodas


Hoje, cheguei a algumas conclusões.
Tudo se inicia com a corrida épica transmitida pela SporTV no domingo onde o duelo entre o Catalão Jorge Lorenzo e o Italiano pirado do Valentino "The Doctor" Rossi no GP da Cataluña.
Não preciso dizer como seria importante para Lorenzo ganhar em sua casa diante de sua torcida.
Mas tinha um italianinho que estragou com maestria a festa catalã.
Chegou segunda e o frio intenso fazia pensar um única vez e dizer que não irei de moto nesse frio.
Mesmo que estivesse um sol lindo e muito calor eu não iria, pois me conheço e a euforia estava presente em minhas lembranças e sei que em lapsos de insanidades eu corria o sério risco de acidentar-me.
Curiosamente muitos relataram acidentes envolvendo motociclistas na segunda, inclusive um grande amigo meu mas no caso dele foi uma senhora em sua Pajero que se distraira e estava perdendo a alça de acesso e esqueceu que haviam outros veículos transitando pela Marginal Pinheiros. Por sorte o meu amigo só sofreu arranhões.
Fui andar com a minha querida Bia somente hoje, limpei-a pela manhã conferi a previsão do tempo, lubrifiquei a corrente, vesti-me adequadamente, pedi proteção divina e fui para minha santificada labuta.
Estava na parte que mais adoro do trajeto onde se permite esticar com maior desenvoltura e encontrei uma Bandit nova, negra e reluzente passar urrando com seu escape esportivo.
Descobri que setenta e duas horas não foram o suficiente para apagar da memória as imagens das inacreditáveis ultrapassagens de VR46.
Numa imitação precária passaria o sujeito na curva atrasando a frenagem ao máximo.
Descobri também que as ondulações da curva condescendentes em minhas passagens a cento e vinte pareciam montanhas a cento e sessenta e com o coração descompassado sabe-se lá como obtive êxito.
No farol conversamos, surpreso descobri também que a Bandit que eu triunfara era uma mil duzentos e cinquenta, nova mesmo com menos de dois mil kilômetros. Comentei do meu chegado que se acidentara com uma igual mas carburada e prateada.
Na saída do farol uma outra supresa desagradável. A Bia está dodói, tossiu e morreu.
Já sei até do que se trata pois é um problema de fábrica que anda assombrando alguns proprietários de Fazer seiscentas. Um problema no cachimbo das velas.
O pior é que eu falei com o chefe dos mecânicos da concessionária por duas vezes e ele jurou que a minha ele verificou pessoalmente e não era uma das premiadas.
Confiei e agora vou ter que levar e cobrar daquele sacana.
Como trabalhei seu coração em altos giros devo ter fritado os cabos e eles acusaram a fadiga.
Ainda bem que foi no frio, pois assim o remorso ou a dor de perder um fim de semana memorável não corro o risco. Assim espero.
Rezem pela minha menina.

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