segunda-feira, 22 de junho de 2009

E quem defende a maioria?

Um belo dia pelas minhas andanças pelo centro de São Paulo. Peguei um ônibus e ele possuia vários assentos para idosos. Muito mais do que eu percebo aqui na minha terrinha.
Observando fiquei a pensar o que faria, uma vez que os destinados para os demais eram em áreas estranhas com gente esquisita. Como todos, repito, todos reservados para idosos, deficientes e afins estavam vagos me sentei em um deles. Pois a lei é clara o assento é preferencial e não exclusivo.
Dois pontos à frente e entra um senhor de setenta anos aproximadamente e ele vem direto em minha direção e faz um gesto que eu cedesse o lugar. Achei um absurdo pelo fato que haviam mais uns dez lugares para ele sentar e ele queria exatamente o meu. Claro que não criei caso com o velhinho que deve ter vivido bem os setenta aninhos dele e eu não seria o carrasco que estragaria seu dia e desrespeito aos seus direitos. Mesmo ele claramente abusando desse direito.
Comecei a lembrar de leis, cotas, projetos e programas voltados para a minoria da população garantindo a isonomia dentre todos que vivem sob a proteção desta nação.
Comentava esse fato com um amigo meu e os abusos que se faz, infelizmente, em nome dessa equidade distorcida. Hoje em dia garantem com leis todas as minorias, fico a imaginar um dia em uma discussão com uma pessoa e ela ameaçar dizendo:
- Cuidado, você não sabe com quem está se metendo!
Eu:
- Realmente eu não sei, com quem seria?
Ela:
- Eu sou uma senhora aposentada, afrodescendente, nordestina, lésbica, atendida pelo bolsa família defendendo os direitos de meus netinhos!
Eu:
- Vossa Magnificência me perdoe!
Claro que aqui eu estou só brincando, pois são direitos válidos contestáveis em alguns pontos mas deve-se mantê-los e discutir distorções e abusos em outro lugar e nem tenho a capacidade de comentar a respeito.

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